Nova série quer "aproximar as crianças da ciência"
Os Callisto. São eles a família encarregada pela Disney para despertar o interesse das crianças no mundo da ciência. Miles Do Futuro é a nova série de animação que se estreia já hoje, pelas 10.10, no Disney Junior e que segue as aventuras de Miles, o filho, Loretta, a irmã, Leo e Phoebe, os pais, e de Merc, a avestruz-robô e melhor amiga de Miles, no controlo, na ajuda e na preservação da ordem no espaço cósmico.
Para assegurar a verosimilhança de um produto destes, a Disney contou com o aconselhamento de John Spencer, físico, arquiteto espacial da NASA e cofundador da Space Tourism Society. O DN falou com o norte-americano. "O grande objetivo desta série é o de aproximar as crianças do mundo da ciência. Acho até que para muitas deles Miles do Futuro será a primeira vez em que vão estar expostos ao cosmos e à ciência, mas como é um formato muito centrado na família e a música é boa, vão sentir-se confortáveis com isso. Poderão até aprender alguma da parte científica, mas acima de tudo olharão para ela como algo amigável e divertido", conta o responsável.
Ao longo de 24 episódios, planetas, estranhos extraterrestres, naves espaciais e gadgets high-tech farão parte das manhãs das crianças portuguesas. Ainda assim, um dos elementos mais predominantes é a importância e valorização da família. "Estão muito presentes na série de animação valores como a honestidade, o trabalhar de forma árdua para conseguires atingir os teus objetivos, o ajudar os outros, através de uma família que é fantástica, unida, honrada, divertida e adorável, que ainda por cima faz coisas fantásticas para preservar o espaço", frisa o colaborador da NASA.
Nos últimos anos, prevalece a ideia de que a ficção científica e o espaço voltaram a ganhar uma importância que estava mais disfarçada nos anos anteriores. Exemplos disso foram a nova temporada de Cosmos, a série de culto de Carl Sagan, ou Stark Talk, ambos apresentados por Neil deGrasse Tyson no National Geographic Channel. Ou até em Hollywood, com filmes de êxito como Prometheus, Gravidade e Insterstellar. O arquiteto espacial concorda. "Existe, sem qualquer dúvida, um interesse renovado no espaço porque está-se a tornar, na verdade, uma indústria interessante com mais oportunidades de trabalho."